quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Sem limites e o Senhor Censor

Ai que complicação, não saio do lugar. Me esforcei, me empenhei, e nada. Fiz cursos, programas e planejamentos, e nada. O esforço trouxe pouquíssimos frutos, e pior ainda, dos que cresceram muitas eram indigeríveis. Ainda estão me dando dor de barriga. O isto é imaginação minha? Estou me alimentando dos caroços do passado?
Agora basta!
Quero minha liberdade!
Todos os programas me prometeram que é possível de ser dono das próprias decisões, da própria vida, e... não sei se não deu certo, ou se eu sou má aluna, mas não consegui.
Eh, quem dorme com o inimigo precisa arcar com as consquênicas.
Mas peraí, eu não estou dormindo com o ínimgo... o inimigo está dormindo comigo!
É diferente!
E o Senhor Censor que está no comanda, que dá as coordenadas, eu eu tento me esconder e procurar um espaço vago para as minhas ideías e o meu talento. Mas logo em seguida estou sendo decoberta, de novo...
O Senhor Censor está no poder, o crítico, ele sempre tem algo a dizer, e normalmente algo bem desmoralizante:
– como você não sabe nada disto!
– o que você pensa quem é, hein?
– está se achando!
– ah, você sabe que você não tem capacidade para isto, já tentou e só deu m....
– você não tem mais idade para estas coisas!
– os outros são melhores, basta você dar uma olhada em sua volta!
– ...

Mas algo dentro de mim quer, mesmo assim. Algo esta começando a ficar extremamente irriquieto. Algo quer sair de dentro, que se mostrar, mas ainda está duvidando, como vai ser, se eu não tenho mais onde me esconder, saiu de dentro começa o jogo sobre vida e morte. Eui quero correr este risco? – O que eu tenho a perder? Bom, um esconderijo bem quentinho e gostosinho, ainda ninguém sabe do que eu sou capaz. E poderia deixar assim, continuar sofrendo calada e sozinha pela falta de reconhecimento por falta de ser conhecida. Afinal quem pode admirar a boboleta que esta escondido dentro do cocon. Näo dá para saber o que tem lá dentro. Pode ser vazio, morto ou podre. Só o resultado é digno de admiração. E para ter o resultado... eu sei... Mas este meu amiginho, o senhor censor inseparável, me da medo. Já tâ ruim aqui dentro, como vai ser alí fora? Será que tem um sistema de segurança, aposentodaria, plano de saúde, seguro desemprego, incentivo para os menos favorados, um abrigo para os necessitados e a dó dos outros? Aqui dentro não tem, é uma briga sem descanço. Por isto estou pensando em me mudar, em arriscar, mas vou perder o meu lugarzinho aconchegante, a minha caminha de pregos que eu aprendi a prezar.
Mas este meu companheiro, o Senhor Censor, chega a ser insuportável.
Ele é um cara extremament ocupado, ele quase não dorme, etsá o tempo todo ocupado em vigiar e julgar. Tudo passa pelo filtro dele, raramente escapa algo. Ele é bem esforçado. Anos e anos procurei lutar contra ele, mas não consegui combaté-lo, ele é mais ágil, mais forte, mais rápido, mais esperto, e mais destrutivo. vou ter que conviver com este cara para o resto da minha existencia, e quem sabe ainda além disto. Não tenho informações a respeito.
- De onde vem este cara? - Não sei, desde que eu me conheço por gente, ele está comigo. Ele sempre esteve aqui, de alguma forma, mas parece que ele se profissionlizou nos últimos anos. E parece que ele está se dando bem, tomando cada vez mais espaço. E o meu lugarzinho fica cada vez mais apertado, mal dá para respirar e isto esta começando a me incomodar. A liberdade está ficando curta. Então decidi de tomar atitudes. Já que ele não quer ir embora, vouj ter que conviver com ele, porque eu também não tenho como ir embora, isto é a minha casa, o meu espaço por um certo tempo, e parece que estamos devidindo o mesmo leito, vou ter que me arranjar com isto.
- Se eu já tenho um plano?
Bom eu tenho um plano, mas isto não é muito útil, o cara é muito esperto, ele conhece todos os planos esta preparado de defender e aumentar o seu espaço com unhas e dentes. Ele mora dentro da minha cabeça, e tudo que acontece lá dentro, ele sabe, não tem como esconder, ele me conhece, melhor que eu mesma, e ele sabe os meus pontos fracos. Alias dos meus pontos fracos é do que ele se mais aproveita.
Então qual é a estratégia?
- Bem a estratégia é não ter estratégia alguma. Se eu tiver estratégia ele cria a contra estratégia e eu vou perder. Mas o que eu não penso, ele não pode saber. Então sem fazer um trabalho desnecessário, que somente pode levar à frustração. A estratégia, é não ter estratégia. Para achar que se quer, as vezes é necessário de se perder completamente.
Afinal, depois uma longa reflexão decidi virar amigo do Senhor Censor. Nem sei se ele vai aceitar a amizade, mas tanto faz, decidi: chega de perseguição, de xingação, de tirar o merito dele, Não tenho mais folego para brincar de esconde-esconde dia e noite. Quero finalmente descançar um pouco, poder tirar uma soneca sem ser ameaçada. Então vou me submeter a quem manda.
...
Sim Senhor Censor, você acha mesmo que eu não sou capaz de me expressar direito?
Bem, acho que tem razão! E como não sei direito, então me sobra o que, simplesmente vou ter que me expressar mal. É o meu distino e eu vou carregá-lo. Já que não tenho escolha.
Durma bem Senhor Censor, durma bem, durante os sonhos a gente se encontra, com certeza.