terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Os 5 fatores do sucesso herdados dos antepassados


Dentro dos trabalhos de constelação sistêmica, sejam nas familiares ou nas profissionais, vemos que as pessoas se identificam com estados emocionais vindos de algum familiar, às vezes distante. Como trabalhamos questões, digamos assim, problemáticas, pode parecer que só herdamos características “pesadas”, que trazem dificuldades, e não é bem assim… A ciência, desde os anos 50, está identificando algumas características de personalidade que eles atribuem aos genes, e cada pessoa possui todas as características, umas mais afloradas, outras menos. Não é a toa que vemos, por exemplo, uma linhagem familiar onde existem vários casos de pessoas empreendedoras, aventureiras, investidores… A constelação demonstra que as informações são passadas de geração em geração, e cabe ao próprio indivíduo se identificar com elas ou não se identificar. A boa nova é que esta identificação pode ser alterada, quando a pessoa toma consciência daquilo com que está identificado. Assim, se ele está identificado com um aspecto emocional que não lhe é adequado para ganhar dinheiro, ele pode se “desidentificar” e trabalhar outro aspecto que lhe seja favorável.

Vemos que isso pode ser feito com maior ou menor facilidade, dependendo do foco da pessoa.

Dois focos: fuga da dor ou busca do prazer

Existem dois focos principais, que norteiam as emoções, pensamentos e comportamentos das pessoas: fuga da dor ou busca do prazer. Como em tudo, na vida, temos sempre as duas coisas, em doses distintas. Ambos os focos, de certa forma, motivam e podem levar alguém a ganhar dinheiro. Por exemplo, a pessoa que “foge” do passado pobre, usa o sofrimento como fator motivador para prosperar. A questão é a dose. É como a história da vacina antiofídica: um pouco de veneno da cobra cura. Muito do veneno, mata…

Já a busca do prazer, é a mesma coisa: é um motivador que pode impelir pessoas ao sucesso. Mas a overdose disso pode levar alguém, por exemplo, às drogas e ao descontrole.

É necessário, na realidade, saber manter a distância deste tipo de foco. Nem a fuga da dor nem a busca do prazer devem ter muito crédito, porque este tipo de motivação está fortemente influenciado pelas emoções. Os melhores focos para empreender são aqueles baseados na auto-estima, no se achar bom o suficiente, e não em buscar algo ou fugir de algo.

As 5 características herdadas do sistema familiar

Vamos falar um pouco das características que você tem nos seus genes?

São: abertura para experiências, consciência, extroversão, afabilidade e neurose. São estas as 5 características que trazemos dos nossos antepassados, em maior ou menor grau, com diversas submodalidades entre elas. Lembro que o comportamento também é influenciado pelo ambiente, ou seja, quanto mais você se provocar a mudar coisas que não lhe são favoráveis, mais você adquire características que antes não tinha.

Abertura para experiências: este traço mede o quanto o sujeito é aberto a novas experiências e idéias. Fazer diferente, de jeito diferente, buscar o novo, aceitar idéias diferentes da sua são fatores importantes para você empreender, criar, inovar e ganhar dinheiro.

Consciência: mede o quanto você está “consciente” e afim de concluir suas metas, tomando para isso decisões que incluem disciplina, método, perseverança, flexibilidade. Saber se observar, se auto-motivar e mudar quando necessário é fundamental para o sucesso.

Extroversão: mede até que ponto você gosta de agir e atuar com pessoas. Ganhar dinheiro e fazer sucesso depende dos outros, afinal… quem é que vai investir em você? Quem é que vai aplaudi-lo? Quem é que vai comprar seus produtos? É bom que fique claro que extroversão, em termos de negócio, não é ser “aparecido”. Estamos falando em ganhar dinheiro, onde o sujeito tem claro foco em fazer negócios, contatos, networking. Isso pode e deve ser treinado.

Afabilidade: aí é um item muito interessante. Mas muito mesmo. Minha parceira Theresa, alemã, percebe no brasileiro uma característica muito grande de cooperação e de evitar conflitos. Isto não ocorre no povo germânico. E eu, que tenho origem japonesa e vivi três anos no Japão, também garanto que não é uma característica nipônica. A questão não é dizer que ser afável é certo ou errado. A questão é que a afabilidade pode ser extremamente prejudicial para quem é líder, empreendedor, para quem quer ser um sucesso. Como o mestre Nelson Rodrigues dizia, a unanimidade é burra. O líder sempre desafiará opiniões, sempre terá que afastar pessoas, ser duro em várias situações. Nada de mãozinha na cabeça. Isso é ótimo para pessoas que desejam ser e permanecer assistentes administrativos, mas não para quem quer ser sucesso.

Neurose: chegou o item que eu mais gosto. Herdamos também cargas de “neurose”, que influenciam nossos pensamentos e emoções. Este item diz sobre a capacidade que você tem de ter controle, estabilidade emocional. Mede até que ponto você reage forte e negativamente diante das tensões da vida. Quase todos nós somos mais ou menos neuróticos. A questão não é essa. Nem quer dizer ser feliz e iluminado o tempo todo. Estamos falando de sucesso. A questão é saber colocar as emoções de lado e fazer aquilo que é o mais correto sem deixar-se interferir pelos seus medos, taras, ansiedade. Somos um povo muito expansivo em relação às emoções, o que eu vejo com bons olhos. Adoro ver gente sincera, estejam elas felizes ou tristes. Mas quando o assunto é agir diante de um rombo no orçamento (e eu disse agir, e não ficar esperando enquanto a situação se resolva de alguma forma), a capacidade de controlar a emoção é fundamental, e diferencia os fracos dos fortes, os vencedores dos fracassados. É isso, não há meio termo.

Todos estes atributos são trabalhados na constelação sistêmica familiar e profissional, e podem ser modificados, principalmente porque todos eles possuem um forte cunho emocional atrelado. Quando alteramos a emoção, abrimos espaço para novos comportamentos.

Alex Possato
consultor e diretor do nokomando-soluções sistêmicas

(as 5 características e suas ligações genéticas constam no livro “Instinto – explore o seu DNA empreendedor para alcançar seus objetivos nos negócios, de Thomas Harrison – biólogo, CEO do Grupo Omnicom, maior empresa do mundo em prestação de serviços na área de comunicação e publicidade)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A busca do papai e insucesso profissional


Hoje, no Brasil, mais de 50% dos lares são chefiados por… mulheres. É estatística. Isso significa que os filhos estão sendo criados sem o pai. Isto é certo ou errado? Tanto faz, é assim. Milhões e milhões de pessoas, homens e mulheres sem a referência paterna, que até alguns anos atrás, simbolizava o trabalho, o sustento da casa, a proteção. Mas não é só isso: mais outros tantos milhões de pessoas possuíram o pai em casa, mas este pai não provê, não sustenta, não se banca. Ele está em casa, mas não faz o papel que a sociedade diz ser do homem. Ou dizia…

Uma parte desta imensa população órfã do símbolo “pai”, não enfrenta problemas na vida profissional. Às vezes, até devido à falta do papai, resolvem abraçar o papel masculino do caçador, do provedor, e saem à luta. Uma grande amiga, consultora de sistemas, que já trabalhou conosco terapeuticamente, sacou isso: filha mais velha, com três irmãs e um irmão abaixo da sua idade, resolveu encarar a vida com garra e se saiu muito bem, financeiramente. Mas a que preço? O seu papel mais masculino e provedor atraiu um marido fraco e instável, e isto balançou o casamento. Por outro lado, ela se transformou no pai das irmãs, ajudando-as financeiramente o tempo todo, e elas se colocaram no papel de filhas, sem se desenvolverem sozinhas… o pior é que é tudo gente adulta, acima dos 30! Imagine o casamento destas irmãs, como é?

Pois bem, minha amiga não teve problemas profissionais porque ela não buscou o papai, mas se colocou no lugar dele. Isso também não e saudável. Mas não é sobre esta posição que vou falar agora. Vou falar da posição dos que buscam papai. As irmãs, por exemplo. Ou o marido dela. Todos eles tiveram pai, não tão presente, mas tiveram. E mesmo assim buscavam. A dor emocional de “não ter pai” pode provocar um estrago na vida financeira e profissional muito grande.
Como? Bem, a constelação sistêmica demonstra que as pessoas que estão focadas em problemas emocionais não conseguem, muitas vezes, tomar decisões simples, ou acabam tomando decisões para satisfazer a dor emocional, ao invés de basear-se na busca de soluções e metas. Assim, uma das irmãs desta minha amiga, buscando papai, casou-se com um homem e colocou-o no lugar de papai. E ele buscava mamãe, isso quer dizer, buscava afeto e carinho e colocou-a no lugar de mamãe. Como eles eram marido e mulher, imagine no que deu. Ficaram casados muitos anos, mas nada deu certo. Abriram um negócio, mas também fracassou: estavam envolvidos com suas dores emocionais internas. Divorciaram-se. E esta mulher, enquanto não se tocar da sua própria dor, e dar um chute nela, irá buscar outro papai.

Inconscientemente, quem foca-se nas dores interiores, na busca por explicações para seu sofrimento, está automaticamente tirando energia que seria, naturalmente, dirigida à construção da carreira, do sucesso financeiro e da realização pessoal. Tenho visto muita gente trabalhar suas questões emocionais, colocá-las de forma digerível para si, e às vezes, mesmo sem resolver totalmente, a vida começa a fluir. Encontra novo trabalho, ganhando muito mais, acho um parceiro ou parceira completamente diferente, ajeita-se na vida. E o contrário também tenho visto: pessoas que buscam o porquê são as piores. Por que eu sofro? Por que não dá certo? Por que isso, por que aquilo. Quem quer saber o por que, não está buscando soluções, mas somente, justificativas. Eu era assim: filho adotivo, criado por avós, irmão que se matou, pai alcoólatra, achei um monte de justificativas para o meu sofrimento. Fiquei anos preso às minhas dores emocionais, e isto atrasou sobremaneira minha carreira e meu sucesso. No momento que resolvi colocar as justificativas emocionais de lado, tchau e bênção!

Buscar o pai não leva a nada: todos tiveram pai e mãe, se não, não estariam lendo estas linhas. Agora, o conceito de que papai tinha que ser assim, mamãe assado, para eu ser mais feliz, é simplesmente desculpa. Freud ajudou a espalhar este mito da culpa dos pais. Balela: quem está com algum problema profissional ou financeiro e está preso a dores emocionais, basta trabalhar isso, para ver o que acontece! Que papai, que mamãe, nada: você vai ver que existe alguém muito mais importante nisso tudo, que não está sendo visto. Adivinha quem é?

Alex Possato é consultor e diretor do Nokomando-soluções sistêmicas

Próximo dia 15 de fevereiro, constelação familiar sistêmica com a alemã Theresa Spyra. Clique aqui e saiba mais!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Casamento e constelação sistêmica




- Sabe o que é?

- Não.

- Na realidade, meu marido não presta. Quase não traz dinheiro, vive enfurnado na saia de alguma sem-vergonha.

- Mas você veio trabalhar ele ou você?

- Eu quero uma solução para mim.

- E o que você tem feito para solucionar? Pediu a separação?

- Não, eu não quero isso. Sabe, os filhos... E na verdade, eu queria que ele voltasse a ser o homem que era, quando começamos.

- E como ele era?

- Ah, bem diferente! Trabalhava muito, era responsável, chegava cedo em casa. Um exemplo!

- E quando isso mudou? Aconteceu alguma coisa na vida de vocês?

- Não, nada de mais. Tivemos os filhos, primeiro o Carlos, depois a Clarice, e ele foi mudando.

- Aconteceu algum fato marcante? Alguma morte de alguém próximo, uma doença grave, um acidente, uma amante dele ou de você...

- Não, o que é isso! Nós éramos muito felizes, sim! Até o aborto, nós éramos inseparáveis!

- Ahhh....

Esta cliente é um exemplo muito comum em casos de constelação. É muito comum um acontecimento que simboliza o início da desestrutura do relacionamento, como foi o aborto. Não foi o que ela falou que fez chegar a conclusão que o aborto provocou a mudança de comportamento no marido. Em constelação, não existem causas. Os acontecimentos são somente fatos que sinalizam uma tendência. No caso, o aborto sinalizou a tendência que o marido tinha de isolar-se da família. Esta tendência já fazia parte do sistema familiar dele. Fizemos a constelação com a cliente, e muitas outras tendências foram verificadas, a ponto dela perceber que, ao mesmo tempo em que o marido ia se afastando do casamento e perdendo a responsabilidade pela família, ela ia assumindo a responsabilidade e tratando o marido mais como um filho problemático do que um marido. Num casamento, as tendências se completam, e se esta tendência está baseada no sofrer, tanto um quanto outro irão sofrer.

O foco desta cliente estava preso em outro sistema (da família dela) que a fazia também sentir-se mal amada e rejeitada, não importando o que o marido fizesse. Ambos sofriam, e neste contexto, não existe a menor possibilidade de voltar a felicidade.

Um dos pilares do equilíbrio sistêmico que mantém um casamento coeso e de crescimento mútuo é o equilíbrio entre o dar e receber. Tanto o marido, como a mulher, necessitam de dar e receber, em todos os sentidos. Sexual, carinho, responsabilidade, comprometimento, broncas... Quando um dos dois dá, imediatamente quem recebeu se torna devedor, e sente a necessidade de devolver. Esta troca de posições entre dar e receber é saudável e natural. Porém, quando existe uma identificação muito grande com o sistema familiar anterior ao casamento, e este sistema provoca um desvio de foco de um dos parceiros, este recebe, mas não está em condição de devolver. E aí o outro dá mais, e este fica mais e mais devedor. A ruptura do casamento é evidente.

Para quem não conhece a teoria sistêmica, dizer que um parceiro se identifica com o sistema familiar seu, anterior ao casamento, significa que ele se identifica com uma dor, um abandono, uma sensação de exclusão que ele nem fez parte, presencialmente falando. Pode ser uma segunda família que o pai teve, e ele nem soube, ou um primeiro amor que a mãe teve, e acabou de forma abrupta e tempestuosa, sobrando mágoa para todo o lado... Não importa o fato, e isto é importante ficar claro. Os fatos, dentro de uma constelação sistêmica familiar só servem para sinalizar em qual direção o sistema está empurrando a pessoa. Para dentro do relacionamento ou para fora.

Ao identificar, tomar ciência, aceitar plenamente este sistema, o efeito negativo dele perde a força, e possibilita um reencontro muito mais completo entre pessoas que antes não se entendiam, porque, na realidade, não se conheciam. Quando alguém estabelece relacionamento com outro, automaticamente estabelece relacionamento com o sistema familiar do outro. São dois sistemas que se encontram e interagem, e por isso é tão belo o trabalho com constelação, quando percebemos o entendimento e a aceitação mútua, num casamento.

O marido olha para o passado e antepassados da esposa, todas as relações ocorridas e a emoções envolvidas, pessoas excluídas e incluídas, e acolhe tudo como também sendo dele. E a esposa também procede da mesma maneira...

Não são duas pessoas se reconciliando. São dois sistemas se transformando em um, que dará continuidade nos filhos deste casal. Harmonia entre casal significa harmonia entre sistemas.


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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Um novo casamento


"Desde os dezoito anos vivo independente da minha família. Sempre me banquei e fui fazer a própria vida. Estudei, morei com amigos, rachei despesas, aprendi a viver com pouco e a pedir dinheiro emprestado, quando precisava. Até que, tempos depois, formei-me psicóloga e, já estabilizada num emprego, as coisas se normalizaram.Só tem um probleminha: chega uma hora que a gente casa, não é mesmo? E daí, sabe o que aconteceu? Caiu um caminhão de crenças em cima da cabeça. O filminho da vida entre meu pai e minha mãe passou inteirinho, claro que todo distorcido pela visão que eu tinha daquela convivência. O filme que eu vi e vejo não é o mesmo que meu irmão viu ou vê. Mas o pior é que dessa interpretação carreguei inúmeras marcas que influenciaram, e muito, o meu comportamento depois de casada.Quando casei toda minha liberdade acabou. Não porque meu marido me prendesse, muito pelo contrário. Mas os conceitos que eu tinha sobre o que é ser uma boa esposa, as lembranças que tinha quando criança, a tentativa de ser melhor que minha mãe, fizeram com que eu mudasse meu comportamento e me limitasse. Até aí, tudo bem, acho que é lógico, né? Mas então eu descobri, através do trabalho da Theresa com constelação sistêmica, que não são somente as crenças que carreguei na mente que determinaram minhas atitudes. Existe algo que está muito além das crenças, da mente e da minha individualidade: é o sistema familiar. E ele exerceu grande influência no meu casamento.A força do sistema familiarSomente após mergulhar neste universo rico, fabuloso e instigante que a constelação demonstrou, pude entender algumas coisas que até então não pareciam tão claras. Por exemplo: mesmo sabendo que meus impulsos e atitudes são guiados por crenças que tinha dentro de mim, muitas vezes queria mudar de atitude, mas algo me dizia (sem palavras) que eu não podia. Queria sair, passear, fazer meus cursos, meu marido apoiava e até me empurrava para fora. Mas lá no fundinho, algo falava: não pode! Queria ir em ambientes diferentes, ter novas amizades, mas... não pode!Descobri que essa força que empurra a gente a ter atitudes que muitas vezes não estão trazendo conforto são os sistemas familiares. Theresa me disse que as forças que empurram a gente para coisas confortáveis também fazem parte dos sistemas familiares. Mas o confortável eu não via, e acho que é normal. Só via o que me incomodava.Ela explicou que herdamos de antepassados as características que temos hoje. Se estamos conscientes de que somos menores que nosso sistema, olhamos para dentro de nós, reconhecemos os medos, angústias e cobranças, percebemos que eles não são nossos, essa energia que “atrapalha nossa vida” perde a força, naturalmente. E a vida se torna mais confortável. Mas quando não reconhecemos ou até evitamos olhar para essas mágoas e dores, elas continuam lá, nos pressionando e trazendo incômodo. Eu, como psicóloga, sei muito bem disso. E mesmo assim, enfrentava muitos problemas, porque não queria olhar para dentro de mim. Fingia que estava tudo bem. Mas doía muito lá dentro. O sistema não quer nosso mal nem nosso bem. O sistema quer somente o equilíbrio entre seus membros e isso significa inclusive reconhecer cargas emocionais do passado, até de pessoas com quem não tivemos contato. O sistema transmite essas características de geração a geração, até que alguém reconheça o fato, se equilibre, e assim essa carga emocional não traz mais desconforto. Uma coisa muito bonita que ouvi de Theresa, ficou na minha cabeça: o sistema é como o sol. Sob um sol escaldante, poderemos nos queimar e ficar desidratados. Porém, o sol não tem nada a ver com isso. Ele somente é... o sol. Nós é que temos que reconhecer que o calor está incomodando e tomar providências. Transformar o sol em aliado. Depois de algum tempo, percebi que esse “sol”, quer dizer, os sistemas, não estavam fazendo bem para mim. Há pessoas que dizem que tem gente que cresce por amor ou pela dor. Eu entendi que todo o crescimento é amor. Os sistemas, ao mostrarem as dores, mostram por amor e estão dizendo "cresça, viva bem, seja feliz!". Eu aceitei esse sussurro e busquei corajosamente saber quem eu era. E descobri que, ao perceber e aceitar quem eu era, muito além dos meus pensamentos e emoções, abraçando todo o meu passado conhecido e desconhecido, comecei imediatamente a olhar com outros olhos o meu marido. Não fiz nada, simplesmente aceitei, após participar de uma constelação familiar sistêmica. Aceitei com todo o corpo, porque a cabeça não consegue penetrar muito bem nos conhecimentos que a constelação traz. E nem precisa. O coração se preenche de ternura, reconhecimento e a dor e mágoa escorrem junto com as lágrimas que desabrocham com a compreensão... Nossa, como chorei!Estava livre para amar o meu marido, como nunca estive... E a mudança começou sem eu mesma fazer nada para isso. De repente, comecei a sentir as mãos dele pousando no meu braço, nos meus ombros, de forma carinhosa, com ternura. Ele nunca fazia isso, nem gostava de toques... Passaram-se semanas, talvez mês, mês e meio, e ele começou a dizer que eu estava mudada, mais centrada. Começou a elogiar o meu trabalho, coisa que nunca tinha feito. A paixão, depois de 15 anos de casamento foi retornando, mas não daquele jeito do começo, tão louco e sem responsabilidade. Foi uma paixão suave, gostosa, de cumplicidade e troca.Uma coisa fundamental depois da constelação, foi que percebi que antes eu queria que ele me fizesse feliz. E, de alguma forma, exigia isso. Mas ele não podia me fazer feliz. Só eu podia. Quando assumi ser feliz com meu próprio esforço, acho que tirei um peso dele, mesmo sem falar nada. E parece que o sistema reage na hora: ele mudou... Que bom! Sinto-me como que começando um novo casamento."
Depoimento de Larissa B.
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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Mágoas de papai e de mamãe


Pergunta: a teoria é muito bonita. Mas na prática, por mais que a gente tente estar bem com os própios pais, ou o passado, parece que sempre fica um pinguinho de emoção renitente, manchando as boas intenções. Pelo menos isso acontece comigo. Mesmo tendo a compreensão do todo, ou seja, que eles são mais que meus pais, são gente tentando SER, como eu, me deram a vida, fica aquela mágoa, de um dia qualquer onde houve um desentendimento e tudo começou....e nunca mais terminou.


Obrigada pelo seu comentário. O tema “pais” é um dos mais importantes para todas as pessoas. Os carregamos para sempre dentro de nós, mais ainda, somos resultado deles. Muitas vezes o filho se vê separado dos pais, se vê melhor, acha que os pais não fizeram o que deveriam ter feitos. O filho acha que sabe melhor. E assim fica magoado com as ações dos pais. Tem tantas “vozes” que dizem o que é o certo, como deveriam ser as coisas. Mas como as coisas deveriam realmente ser? O que de fato é o papel dos pais? Exatamente, é dar a vida. Isto é o mais importante de tudo, o resto outras pessoas podem fazer, como alimentar, educar, ensinar... A vida só vem através dos pais, é isto que dá a importância a eles, e não o que fizeram ou deixaram de fazer. Hoje em dia a sociedade é tão cheia de informações, conhecimentos e pesquisas que pensa que está sabendo tudo, ou pelo menos que pode chegar a saber, que pode explicar tudo. Mas... como se pode explicar a vida? Ela é um presente, e este presente precisa ser tomado pelo filho do jeito que veio, sem reclamação; sim, poderia ter vindo de “melhor” forma, mas veio desta forma, da forma certa para cada um. E claro, cada um está pensando o tempo todo em si mesmo. Raramente paramos para pensar nos outros. Cada um tem o seu pacote a carregar, os pais também, e normalmente os filhos não percebam isto, e querem mais e mais e mais, em vez de agradecer primeiramente o que eles receberam: a vida. O resto cada um pode fazer por si mesmo. Responsabilizamos os pais pela desgraça dos filhos. Eles fizeram o que puderam da forma que puderam e isto precisa bastar. Depois de crescer está na hora do filho tocar a vida para frente.

Sei que se livrar das mágoas é uma coisa bem complicada. Carregamos elas escondidas na profundeza dos nossos corações, fechadas a sete chaves. E conscientemente é difícil se desfazer destas emoções enraigadas, dói demais até para olhar. E então preferimos não olhar. E continuar carregá-las escondidas.

A constelação trabalha exatamente com estas emoções que nos perseguem a vida toda. Neste trabalho não olhamos para as explicações lógicas, olhamos para o inconsciente que leva os membros da família a agir de tal forma. E um breve olhar joga luz nos emaranhamentos desconhecidos do sistema familiar, e assim surge uma nova compreensão, antes impossível de imaginar. As soluções aparecem como um toque de mágica. E isto pode mudar profundamente a forma de ver a vida. É um alivio imediato de pesos que carregamos há muito tempo.
O explicar não chega a abranger o que significa vivenciar isto na própria pele.

A vivência é poderosa, com efeito imediato.

Numa constelação você pode descobrir a verdadeira origem desta mágoa, que geralmente não tem nada a ver com os pais...

Se tiver mais perguntas ou dúvidas, estou a sua disposição

abraços
Theresa Spyra

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Problema com drogas e vícios


Meu nome é Regina. Não sei se é aqui que coloco a pergunta. O que quero falar é um assunto que me preocupa muito. Meu filho mais velho está envolvido com vício, já esteve internado várias vezes. Não sei o que faço. Tenho medo que aconteça o pior. Eu fiz tudo o que podia por ele. Parece que nem ta aí com nada. O que faço? A constelação sistêmica trabalha caso assim? Fico aguardando. Obrigada e desculpa o desabafo.

Sei o quanto é preocupante a questão de vícios. Como não conheço o caso, vou dar uma idéia por cima, que é o que a Constelação Sistêmica demonstra.
No trabalho da Constelação se mostra geralmente que nos casos de vício há a ausência da energia masculina, que significa o desprezo que a mãe sente pelo pai (marido). A criança sente este desprezo, e como ela é parte da mãe, como também do pai, ela se sente também desprezada. Algo nela não está bom, isto gera um conflito. Quando o pai não está sendo valorizado, a criança, a filha (ou filho) deste pai, também se sente sem valor. Isto pode levar ao vício.
O respeito ao pai através da mãe geralmente pode aliviar este quadro.
Porém isto depende muito do caso. Uma criança pode se tornar viciado quando adulto porque a mãe está viciada, ou no caso de vício com drogas pesadas, esta pessoa pode estar identificada com outro membro do seu sistema familiar.
A constelação familiar pode trazer os emaranhamentos à luz e dar uma solução satisfatória tanto para o filho como para os pais.
Obrigada.


Conheça o trabalho da facilitadora de Constelação Sistêmica e terapeuta alemã, Theresa Spyra. Clique aqui

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Domingo, a luz brilhou novamente!


É o que aconteceu com todos os participantes da constelação familiar sistêmica em grupo, realizada na nossa sede, em São Paulo. Tanto as pessoas que constelaram (trabalharam problemas), como todos os que participaram, além da nossa equipe de apoio, puderam usufruir de experiências inesquecíveis. Foram trabalhados casos aparentemente complicados, difíceis mesmo… mas como diz Theresa Spyra, não existem problemas: existem sistemas desajustados. E Theresa, com a sua habilidade, sensibilidade e conhecimento pôde demonstrar as ordens que antes não estavam claras nos sistemas dos clientes trabalhados, devolvendo o sorriso ao rosto de pessoas que, no início da manhã, entraram com o semblante carregado e as costas arqueadas diante do peso dos problemas. Muitas lágrimas rolaram, muitas emoções foram revolvidas e muitos relacionamentos questionados e confrontados. Tudo isso para, no final, haver uma solução, uma semente de vida e confiança e, o mais bonito, vidas transformadas em apenas algumas horas!

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